Na mitologia romana, Saturno era uma divindade agrícola que reinou
sobre o mundo na chamada Era Dourada. Para agradecer à colheita, os seres
humanos comemoravam - eram as festas de Saturnália -, o que na mitologia grega era
chamada de Kronia. Esta festa acontecia no Solstício de Inverno dia 17 de
dezembro do calendário juliano (mais tarde sendo estendida até 25 de dezembro),
e o feriado era celebrado com um sacrifício no Templo de Saturno, no Fórum
Romano, com um banquete público, seguido de troca de presentes em privado. Uma
festa contínua e uma atmosfera de carnaval que derrubava as normas sociais
romanas: o jogo era permitido e senhores ofereciam serviço de mesa a seus
escravos.
Então, como vemos o dia 25 de dezembro não era o dia de Natal como
o conhecemos. Mas existiam cultos também, como é o caso do deus Apolo,
considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como
Deus-Sol. A festa ocorre em 24 de dezembro quando o Sol volta a subir na linha
do horizonte após permanecer por 3 dias “morto” (sem descer e sem subir). Mitra
era muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de
Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento desta divindade.
Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de
Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).
Somente no sec. IV que o nascimento do Cristo começa a ser
celebrado pelos cristãos. Em 313, Constantino se converte ao Cristianismo e a
Igreja Romana precisa de um apoio amplo, assim, eles confundem,
propositadamente, diversos cultos pagãos com os seus. Para não competir com a
Saturnália, descoloca a sua festa para o dia 25 de dezembro, e absorve o
festejo pagão do nascimento do Sol, transformando-o na celebração do nascimento
de Cristo. O Papa Gregório XIII tratou de fazer o resto, nascendo então o
calendário Gregoriano. É mais fácil mudar o calendário do que mudar o gosto do
povo pelas festas.
Fonte: Pesquisas pessoais e Wikipedia
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