quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Até a virada do Ano Astrológico ... O que esperar de 2021 (II)

 Vimos que 2020, apesar da regência do Sol, foi permeado pelo Capricórnio, e nos pediu resiliência, ensinou a persistência e nos INDUZIU À ADEQUAÇÃO A UMA REALIDADE, no mínimo, estranha. Além do Sol, estamos com Mercúrio (o mensageiro dos deuses) em Capricórnio onde permanecerá até 19 de janeiro, será um período bem apropriado para traçarmos nossas metas e fazermos planos para serem desenvolvidos a longo prazo, assim definindo prioridades. O ideal é nos ocuparmos do que seja realmente útil e essencial. Não tenha receio de explorar suas limitações, desenvolva alguma habilidade.

Recapitulando os últimos dias, em 18 de dezembro Saturno entrou em Aquário, e no dia 20, Júpiter fez companhia a ele. No dia 21, no Solstício (Verão no nosso Hemisfério e Inverno ao Norte), fizeram uma conjunção perfeita. Saturno ficará em Aquário até 7 de março de 2023 e Júpiter, um pouco mais rápido, permanecerá em Aquário até 28 de dezembro de 2021. Nesse período há probabilidade de muitas mudanças em nossa vida pessoal e coletiva, possíveis “modernizações” e “novas” tendências. Semelhante ao que houve no início da década de 90, poderão surgir muitos questionamentos e alguma rebeldia. Não podemos nos esquecer que Aquário é revolucionário.

A Regência de 2021 será de Vênus, mas falaremos sobre isso mais adiante. Contudo, assim como o regente de 2020 foi o Sol, mas Capricórnio pontificou, em 2021 a ênfase será em Aquário, por causa do trânsito de Júpiter e Saturno neste signo. Saturno em Aquário fará uma quadratura com Urano (que é o regente de aquário) em Touro, isso gera ao mesmo tempo estímulo e instabilidade. Portanto, podemos esperar um ano onde os eventos importantes poderão trazer mudanças no coletivo.

Em um ano com um alto poder de comunicação e movimento coletivo, muita gente talvez vá ficar no polo oposto, vivendo mais no mundo virtual do que real, outros poderão tentar resistir às mudanças. Pode haver o fim de negócios e profissões, e também de determinados modelos de empreendimentos. Então, se por um lado temos uma possibilidade aquariana, moderna e visionária, com potencial de libertação, finalmente tendo atitudes positivas, com pessoas despertando a consciência; do outro, temos o desmonte de um modelo que estamos habituados, com alto grau de impaciência, intolerância ou agitação.

O ano chega com uma mensagem de que, possivelmente, segredos poderão ser revelados, o que poderá causar algum impacto. Em meados de janeiro, as coisas podem se tornar mais intensas. Alguns eventos não poderão ser mais parados. Como dizem “o momento poderá ser de confronto o que revelará, também, uma força real”, mas poderá dificultar algumas coisas. Passando do meio de Janeiro, há uma tendência de aceleração dos acontecimentos, que poderão ser inesperados, com possibilidade de melhores resultados.

A partir do dia 22 teremos um momento mais sensível, com acontecimentos que poderão nos surpreender; decisivos para o ano. Falhas tecnológicas não estarão de fora disso, apesar dos avanços que virão. No final do mês teremos uma lua cheia em Leão  e algumas conjunções em tensão com essa lua. Vênus, regente do ano está junto a Plutão, os mais criativos se destacarão, mas aqueles que não são ouvidos deverão ser. Fevereiro será um momento para reflexão e absorção de todos esses eventos.

Penso que, se o Sol de 2020 iluminou nosso caminho, trouxe revelações, nos colocou para pensar e avaliar tudo, nos mostrando que o autoconhecimento é importante, e que, saber a verdade das coisas dói; ele também nos acolheu, nos fez cuidar de dentro, desenvolver habilidades desconhecidas, além de nos proteger por fora, mantendo-nos saudáveis.

Agora, em 2021, Vênus vem nos falar de recursos, de práticas, de estética, de afetos, de relacionamentos; exortando-nos a colocar em prática o aprendido!!!

Feliz 2021!!!

Monica Brunini
@mohini.mb

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Até a virada do Ano Astrológico... O que esperar de 2021 (I)

Com a sensação de termos entrado num quarto escuro e, de repente, a luz acende... Passamos a ver teias de aranha, mofo, livros escondidos, coisas jogadas aparentemente sem importância, segredos e histórias escabrosas... Após o primeiro impacto, começamos a prestar mais atenção... Acordamos em março de 2020, o chamado por alguns de “Ano da Grande Mutação”.

2020, foi e está sendo regido pelo SOL, e vimos que, sob o ponto de vista da luz, ele iluminou bastante! Percebemos isso em nosso cotidiano, descobrimos coisas que foram escondidas de nós, muitas notícias nos chegaram sobre diversos assuntos que não estávamos enxergando ou não tínhamos o hábito de prestarmos atenção, entre outras informações e estudos que precisamos fazer para entendermos o que estava acontecendo, e ainda está, ou seja, tivemos que nos reinventar individualmente. Muita gente “despertou”... muita luz chegou ao nosso planetinha azul!

Neste momento, as grandes perguntas de todas as pessoas são: O que será que nos espera em 2021? O que realmente vai acontecer? Será melhor? Minha resposta é: Não sei, mas posso usar as ferramentas do meu ofício para entender melhor onde a gente está se metendo. O que sei é que, como humanidade, precisamos aprender a pensar, raciocinar e enxergar, o que é e o que não é real. Para isso será fundamental que estejamos internamente equilibrados e sem medo, e com a mente aberta para compreender o que vem. Lembrando sempre que o caminho é para dentro, é interno!

Astrologicamente o ano ainda não terminou, isso só acontecerá em 21 de março quando o Sol entrar no signo de Áries. Portanto, ainda viveremos o último trimestre do ano astrológico que começou no Solstício de Verão, para nós no Hemisfério Sul.

Desde o dia 21 de dezembro o Signo de Capricórnio está em evidência pois o Sol está transitando por ele. O símbolo de Capricórnio é uma cabra montanhesa subindo para o alto da montanha, portanto, precisa de força nas pernas dianteiras, mas, também, da flexibilidade nas pernas traseiras; o truque é Capricórnio desenvolver a segurança de seus passos para conseguir escalar a montanha sem cair. Não deve desistir de subir pois é importante desenvolver as qualidades de um alpinista para que atinja o topo e faça algum bem. Capricórnio é um signo de terra e vem após o signo do fogo de Sagitário que é aquele que possui as teorias de lei e ordem, e também o crescimento espiritual ou filosófico dos indivíduos; o Capricórnio vem dar a forma e existência a estas teorias, do ponto de vista simbólico, têm a responsabilidade de construir fortes tradições e instituições, desenvolvendo um passo seguro.

Então, muito ainda está por vir antes da virada do ano astrológico. Percebendo o ano de 2020, podemos verificar que a sombra de Capricórnio acha que o “Universo” precisa de liderança, de orientação para novas tradições e ajuda para estabelecer a ordem e os propósitos na estrutura social. Por outro lado, e é um problema, é o desejo de manter tudo estático no universo material; aqueles que usam o poder de forma egoísta ou imprudente, eventualmente perderão este poder. (Te parece que esse é o modo de agir do Universo?)

Continua...

Monica Brunini
@mohini.mb

Fonte: estudos pessoais e pesquisas

 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Natal 2020

Este foi um ano de grandes surpresas, mudanças e adaptações, e muitas foram bem desagradáveis, outras foram de oportunidade de crescimento e despertar de consciência; cada um no seu próprio caminho. Estivemos menos presentes, "pessoalmente", na vida da família e dos amigos, mas isto só me fez sentir o quanto vocês todos são importantes e fundamentais em minha vida, e como eu valorizo cada um em sua existência e agradeço por ela!

Gostaria de desejar mais do que Boas Festas, desejo uma vida cheia de descobertas, de experiências interessantes, de bons momentos ao lado dos que amamos, de muitas alegrias, de novas possibilidades, de curas interiores e de amor, MUITO AMOR!

Dividir experiências com amigos faz parte de uma paixão existencial que tenho e neste ano aprendi entre outras coisas que, se a vida lhe fechar uma porta, é porque lá não é mais o seu lugar. Sua missão terminou. Uma porta fechada significa um sinal de que os valores mudaram e que a caminhada deve ser feita em outra trilha. Não vamos gastar energia com o confronto. Procuremos nas janelas os novos sinais e chaves que o universo nos oferece.

Então, que possamos experimentar novas chaves e abrir com alegria as portas do novo ano que se inicia, com confiança e "JUNTOS"! Como diz a música, portas e janelas abertas para a felicidade entrar e renovar a vida com mais alegria. Mesmo que não possamos ficar juntos fisicamente, estamos unidos pelo coração. 

RENASCER A CADA DIA É REENCONTRAR A MAGIA DA VIDA!

Um beijo especial





Saturnália e o 25 de dezembro

A Saturnália é um festival da Roma Antiga em honra a Saturno, 
o Elohim do Tempo, o Grande Ancião dos Dias.

Na mitologia romana, Saturno era uma divindade agrícola que reinou sobre o mundo na chamada Era Dourada. Para agradecer à colheita, os seres humanos comemoravam - eram as festas de Saturnália -, o que na mitologia grega era chamada de Kronia. Esta festa acontecia no Solstício de Inverno dia 17 de dezembro do calendário juliano (mais tarde sendo estendida até 25 de dezembro), e o feriado era celebrado com um sacrifício no Templo de Saturno, no Fórum Romano, com um banquete público, seguido de troca de presentes em privado. Uma festa contínua e uma atmosfera de carnaval que derrubava as normas sociais romanas: o jogo era permitido e senhores ofereciam serviço de mesa a seus escravos.

Então, como vemos o dia 25 de dezembro não era o dia de Natal como o conhecemos. Mas existiam cultos também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. A festa ocorre em 24 de dezembro quando o Sol volta a subir na linha do horizonte após permanecer por 3 dias “morto” (sem descer e sem subir). Mitra era muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento desta divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).

Somente no sec. IV que o nascimento do Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos. Em 313, Constantino se converte ao Cristianismo e a Igreja Romana precisa de um apoio amplo, assim, eles confundem, propositadamente, diversos cultos pagãos com os seus. Para não competir com a Saturnália, descoloca a sua festa para o dia 25 de dezembro, e absorve o festejo pagão do nascimento do Sol, transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII tratou de fazer o resto, nascendo então o calendário Gregoriano. É mais fácil mudar o calendário do que mudar o gosto do povo pelas festas.

Fonte: Pesquisas pessoais e Wikipedia

domingo, 20 de dezembro de 2020

Encontro de Gigantes e mais um pouco...

No dia 21 de dezembro teremos um encontro no céu que acontece, marcando um novo ciclo que se inicia com duração de, aproximadamente, 20 anos. Júpiter e Saturno estarão separados em  menos de 1° um do outro no signo de Aquário. Essa é uma conjunção rara, a última vez que eles se encontraram em Aquário foi no ano de 1405. Esse encontro é parte da chamada Grande Mutação para o elemento Ar que as poucos está ocorrendo, nos desafiando a olhar além do que conhecemos e a nos prepararmos para o que está sendo construído aos poucos, e que neste momento está se efetivando com maior velocidade.

Antes, vamos entender um pouco da mitologia grega que nos conta a história destes dois gigantes. Assim, nos conta Hesíodo, no sec. VIII a.C., que o mundo foi criado a partir do Caos que era um imenso espaço aberto e ilimitado. Daí surgiu Gaia, a Terra, a primeira realidade sólida. Depois veio a Noite, mas ainda assim havia um espaço vazio sobre Gaia. Para preenchê-lo, Gaia criou um ser igual a ela, o Céu - Urano. Eles se uniram e tiveram muitos filhos, os Titãs, que eram forças da natureza. Desta forma o Caos foi organizado e assim tornou-se o COSMOS.

Os filhos de Urano e Gaia eram muito violentos e tempestuosos, por este motivo Urano jogava-os no Tártaro, o mundo subterrâneo. Mas Gaia fica cansada de ser fecundada e perder seus filhos. O mais jovem destes filhos era Cronos – Saturno, que ficou revoltado com o Pai quando descobriu que os irmãos foram jogados no Tártaro. Então, Gaia entrega a Cronos uma foice afiada por ela. Cronos corta fora os testículos do pai Urano, este não morre porque é imortal, mas o que morre é o seu reino.

Assim, Cronos ocupa o trono do pai. O simbolismo da foice é da morte e de colheita, uma nova esperança sempre nasce da natureza. Cronos quer dizer Tempo; o que devora a vida, o que provoca o desejo de evolução. Cronos – Saturno, se casa com Rea – Cibele. Mas havia um oráculo que previu que Cronos seria destronado por um filho. Então ele passa a devorar os próprios filhos assim que nasciam.

Como sabemos, a evolução precisa seguir seu curso, mudanças são imprescindíveis. Então, Rea resolve salvar seu filho caçula, Zeus – Júpiter, que é criado por uma cabra, arimateia. Passado um tempo, Zeus, agora um jovem adulto, decide salvar os irmãos. Ele derrota seu pai e o prende no Tártaro, dividindo o mundo com seus irmãos. Assim, ele cria outro reino, o Olimpo, uma geração mais evoluída.

São três gerações, a de Urano (Céu), a de Saturno (Cronos) e a de Júpiter (Zeus), e elas mostram a evolução da humanidade. Talvez a última que corresponda aos seres conscientes e criadores. Vemos aqui que, Urano, a primeira geração, é o regente do signo de Aquário, Saturno o co-regente e da segunda geração, e Júpiter, regente de Sagitário e da terceira geração, que é mais evoluída. E amanhã, Saturno e Júpiter, planeta que tem luz própria, estarão em conjunção perfeita no signo de Aquário.

Em Astrologia nós temos os planetas pessoais, incluindo os luminares (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus e Marte), os planetas sociais (Júpiter e Saturno) e os planetas geracionais (Urano, Netuno e Plutão). Aqui vamos falar dos 2 planetas sociais que neste momento estarão juntos no signo de Aquário, sendo que, Saturno é co-regente deste signo.

Os planetas sociais em alinhamento, representam o ser humano na sociedade, a sua expansão, a fortuna e suas regras e desafios. Júpiter e Saturno caracterizam o que chamamos de “o grande relógio” por serem conhecidos como marcadores do tempo, sempre associados a grandes mudanças na sociedade. Em duzentos anos é a primeira vez que estes dois planetas se encontram num signo do elemento Ar, portanto, mental. Com o foco no mental, a tendência é que se fique mais em sintonia com a mente e com o coletivo. Então, é interessante que se busque o autoconhecimento, num profundo mergulho na própria consciência e no compromisso com o outro, com o social.

Poderia ser dito que Júpiter aí seria uma sorte, será? Plutão está próximo e os aspectos com Urano, Netuno e Marte, não me parecem que facilitarão as coisas. Pode ser uma pequena janela, mas as influências difíceis já vêm ocorrendo a algum tempo, e se falarmos de Plutão, há décadas.

Isso tudo é o que chamo de ponto da grande mutação que já venho observando desde o início do ano. E agora, Marte está provocativo de verdade. Seria super legal fazer uma análise mais leve, mas o que percebo são momentos críticos pela frente. Sinceramente, acho que antes do momento de evolução, benevolências e conhecimento, é bem provável que haja um ‘sacolejo’ em todos nós. Antes da humanidade despertar de verdade a consciência, pode acontecer um belo de um susto.

Então, repassando, Saturno é um “pai” que ensina através da contrição, da severidade, e, como vimos, até engole os filhos que não seguem sua cartilha! Júpiter é considerado um planeta de boa sorte, mas também simboliza a justiça! Plutão é aquele que causa impacto, sabe aquelas mudanças que você não pediu? As escolhas que você foi levado a fazer, mas não queria? Então, ele é o planeta da morte e renascimento, fatos avassaladores e inesperados.

Não, não estou sendo pessimista, mas alertando que nem tudo serão flores e que precisamos estar cientes de que a vida não será tão fácil. Poderá ser um marco de transformações mesmo. Poderão ter janelas de alívio, mas no geral, enquanto estes Titãs estão passando, estejamos de olhos bem abertos, pessoal e coletivamente! Estudar a história (de 1600 pra cá), ajudará a perceber o tom do que esse alinhamento junto com os outros aspectos estará sinalizando.

 

Monica Brunini

Texto escrito em 15/nov. e atualizado em 19/dez./2020

Fonte: Estudos e pesquisas pessoais.

Sol Sistere, Sol parado...

Foto by @mohini.mb

O solstício de dezembro chega marcando o início de uma nova estação, trazendo o dia mais curto do ano para o hemisfério norte e mais longo para o hemisfério sul, do nosso planeta. Um solstício ocorre quando o Sol atinge o seu ponto mais ao norte ou mais ao sul do equador, causado pela inclinação do eixo da Terra e pelo movimento do nosso planeta em sua órbita ao redor do sol.

Vocês devem estar se perguntando o porquê do título deste texto... O termo Solstício vem das palavras latinas “sol” (Sol) e “Sistere” (ficar parado) e significa “Sol parado”. Nosso Sol parece parar de se mover no céu e posicionar-se na sua declinação mais setentrional ou austral durante o solstício.

No hemisfério norte, o sol atinge seu ponto mais baixo e mais austral no céu, com a noite mais longa; no hemisfério sul estará no ponto mais alto no céu, portanto a noite será mais curta. Então, quem está no Círculo Polar Antártico, no polo sul do planeta, poderá observar o Sol da meia noite, pois terão 24hs de luz do dia. Enquanto no Círculo Polar Ártico, as pessoas terão 24hs de escuridão.

No dia 21 de dezembro às 07h02’ de Brasília (DF-BR), o nascer o e pôr do sol serão os mais austrais do ano, marcando para nós, no hemisfério sul, o solstício de verão. A partir deste dia e até poucas semanas após, o planeta Terra estará mais próximo do Sol, atingindo o seu periélio, isto é, o ponto mais próximo do Sol em sua órbita.

MB

Fonte: pesquisas em arquivos pessoais e internet

domingo, 13 de dezembro de 2020

Dezembro de 2020: Chuva de Meteoros e Eclipse Solar, mas tem mais...

Ou como céu deste mês de dezembro de 2020 está bem movimentado! 

Hoje teremos uma Chuva de Meteoros chamada de Geminídeas. É um fenômeno que ocorre quando fragmentos de rochas entram na atmosfera do planeta Terra em alta velocidade e são incinerados, formando assim um rastro de luz. Parecem várias ‘estrelas cadentes’, e o espetáculo será muito lindo! Quanto mais aberto estiver o céu, mais fácil será a observação.

Amanhã, segunda feira dia 14, poderemos observar aqui no hemisfério sul, um Eclipse Solar, e no Brasil a observação será parcial. O Eclipse Solar é um fenômeno que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando total ou parcialmente a sua luz numa estreita faixa terrestre. Do ponto de vista de um observador fora da Terra, a coincidência é notada no ponto onde a ponta do cone de sombra risca a superfície do nosso planeta.

Do ponto de vista astrológico, o Sol é a luz da nossa consciência, portanto, a ocultação do sol encobre a nossa consciência. Então, é possível que não tenhamos muita clareza de pensamento e julgamentos poderão ser prejudicados. Por isso, avaliações e análises poderão ser equivocadas, incompletas e, possivelmente, distorcidas, por não termos uma visão panorâmica das situações.

Por outro lado, um Eclipse Solar tem a prerrogativa de ativar a memória, as tradições, a história.  E antigos movimentos e tendências, poderão ser reativados. Velhos assuntos tendem a retornar em nossa mente, tipo alguns problemas e sentimentos. Antigos projetos poderão ser retomados. As escolhas precisarão ser reexaminadas à luz das consequências e situações emperradas poderão se solucionar, mas assuntos importantes e decisões devem ser adiados.

O ocultamento do sol poderá, também, afetar a nossa vitalidade. Porém essa é uma oportunidade de nos libertarmos de fardos e tralhas que vimos carregando a tempos, então, deixe sua bagagem mais leve!

Monica Brunini
@mohini.mb

sábado, 5 de dezembro de 2020

A vida requer coragem... ou de como é importante experienciar!

Sempre meditei, desde cedo me acostumei nessa pratica, mas por volta de 2000, voltei a praticar yoga com mais afinco e usar o que tinha aprendido lá atrás. Aprofundei meus conhecimentos neste saber. Até que comecei a dar aulas e o fiz por longos anos... Foi uma experiência maravilhosa, com o incentivo de muitas pessoas no caminho, mas o Yoga, para mim, é mais uma das importantes ferramentas que aplico na minha jornada. 

Muito além, de livros... e foram muitos, aulas... muitas, leves e densas, pesquisas... grandes descobertas, e práticas... o ir para dentro; o exercício do autoconhecimento requer a experiência, só assim você desperta para quem você realmente é. E neste sentido sempre fiz algumas experiências deste saber no meu próprio cotidiano. Aplicando diuturnamente na minha vida e, como bem dizia minha mestra: “A astrologia é vida, você precisa vivê-la, trazer para o seu dia a dia, como um todo. Olhar o céu não é para de vez em quando, é todo dia!”. 

Muitas vezes me perguntei como juntar a prática astrológica com tudo o que tinha aprendido até ali. Desde os esportes que pratiquei ainda na infância, e também, o ballet, a dança, a meditação, ao yoga, terapias, os florais, a radiestesia, o healing, cores, frequências e vibrações... tantas ferramentas! Então, aos poucos, fui acrescentando na leitura astrológica algumas dicas para meus clientes. O resultado foi excelente... tinha encontrado um caminho, mas ainda não estava satisfeita. Estudei tudo de novo, mergulhei completamente nisso. 

Até que, uma destas coisas que surgem na vida e que a gente não espera, aconteceu. Alguma coisa quebrou internamente e eu tive um insight. No começo resisti, mas era muito forte, eu precisava virar a vela do meu barco e entrar no meu próprio fluxo. Eu precisava passar para o próximo nível. 

Comecei devagar, vendi o carro e comprei uma bicicleta e comecei a perceber que viver na cidade não era mais o que eu queria. Após alguns percalços, e por causa da minha resistência de um específico, precisei ir embora. Mudei de casa, mudei de vida, mudei de lugar, tanto físico quanto espiritual... Precisei quebrar centros de credo, paradigmas e imprints. Doeu, sim doeu, mas nada como entender como a gente funciona, se conhecer e saber o que precisa ser feito. 

Hoje sei que mudei cosmicamente, sigo meu próprio fluxo! Meu trabalho como astróloga é reconhecido. Ajudo meus clientes com suas questões e nos seus próprios caminhos. Isso não tem preço!!! Como diz um amigo, professor ou facilitador, entrei no fluxo da espiritualidade independente.

Despertei sem volta!!!

Monica Brunini

05/12/2020 - @mohini.mb

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Um pouco da minha trajetória...

Era uma vez uma menina bastante curiosa e ‘perguntadeira’, que gostava de ler, de sonhar, de ouvir os pássaros e de observar as estrelas!

Sim, eu sempre fui muito curiosa a respeito de vários assuntos e perguntava muito. Fui daquelas crianças que ao ouvir as respostas, que meus pais e minhas avós me davam, perguntava: “tá, mas por que é assim?”. Impaciente, queria saber o porquê do porquê! 

Bem, sou de uma família de amantes da natureza e, também, de leitores, assim, já na infância ganhei muitos livros, e logo que fui alfabetizada, os livros passaram a ser meus companheiros. Além de aprender a gostar de livros, estórias e história, viajar nas letras e sonhar, gostava de estar na natureza, andar descalça e brincar no pequeno lago com meus irmãos. 

Mamãe sempre nos levava aos parques e cachoeiras e Papai contava histórias e nos ensinava o canto dos pássaros. Morava na casa de minha avó, e tinha um terraço no último andar. Lá, no terraço, meu pai me levava e mostrava as estrelas... imagina a quantidade de perguntas que eu fazia!!!

Como vocês podem imaginar, cresci neste ambiente, saudável e cheio de informações. Mas, ao contrário do que se pode imaginar, não fui uma estudante exemplar. A verdade é que os assuntos que aprendia da escola não me interessavam, ou melhor, a maioria deles para mim não faziam sentido. E assim nasceu a ‘contestadora’, muito jovem, não entendia por que tinha que passar por um aprendizado que, já naquele tempo, achava insosso, incompleto e desconexo. Quando começava a chegar no que realmente me interessava, mudavam de assunto!!! Aí, meu pai, pacientemente, explicava que era necessário, mas que eu podia, através dos livros e das nossas conversas, obter as respostas que queria, e aprender a fazer as perguntas certas, fora do colégio.

É claro, que no meio disso tudo, e chegando a pré-adolescência, tinha muita briga, discussão e hormônios enlouquecidos, e... castigos. Nunca foram castigos normais, pelo menos os que Papai aplicava. Mamãe era mais prática, um chinelo e um beliscão, às vezes resolvia, mas quando Papai chegava do trabalho... corre que lá vem os castigos mais inimagináveis!!! Só para vocês terem uma ideia, até hoje detesto cozinhar, sim, é isso mesmo! Fiquei algumas semanas, todos os domingos, cozinhando. Eu podia fazer tudo, ir a festas, ir à praia com os amigos, voltar a hora que queria, tudo que uma adolescente gostava naqueles tempos, mas, só após fazer o almoço de domingo para a família toda!!! Mas na equação, eu tinha liberdade, na minha casa podíamos ser livres desde que tivéssemos responsabilidade sobre os nossos atos.

Aos 14 anos, saímos do Rio de Janeiro e fomos morar na Bahia, em Salvador. Imagina ser tirada do Rio de Janeiro na década de 70 e ir para a Bahia!! Foi um choque cultural!! Fui contra a minha vontade, mas... tive que me adaptar. A vida em liberdade que meus pais ofereciam para nós, que já era criticada pela família no Rio, um lugar mais livre, na Bahia daqueles tempos então... o tanto que incomodava os vizinhos, os amigos... imagino o quanto tiveram que defender a nossa liberdade e a forma que nos educavam... Meus Heróis!!!

Se antes eu já era uma leitora contumaz, agora, era o que mais fazia... ler, ler e ler. Neste tempo, aprendi a meditar com a minha avó. Foi a melhor coisa, aqueles exercícios respiratórios me levavam para outro lugar... isso foi crucial na minha vida, nunca mais parei de meditar. Às vezes todos os dias, outras vezes ocasionalmente, mas sempre medito, é o meu refúgio, meu aprendizado pessoal... 

Por causa disso, comecei a comprar livros e ganhei de meus pais, uma assinatura de uma revista que tratava deste e de outros assuntos alternativos maravilhosos... na primeira edição da revista vi um anúncio, e foi assim que fiz um curso de fotografia. Mas na 3ª ou 4ª edição da tal revista, veio uns artigos sobre astrologia e junto a técnica para fazer o mapa!! Mergulhei nisso e queria mais e mais. Contei para as amigas, estava entusiasmada... queria fazer aquilo para o resto da minha vida!

Um dia, estava com minhas amigas na praia do SESC, e um rapaz, mais velho que a gente, parou para cumprimentá-las, era um fotógrafo amigo do pai delas. Ele convidou a gente para umas fotos, e disse que já tinha falado com o pai delas. Topamos. O destino, ou que quer que você ache que foi, ‘bateu na minha porta’. Fomos para a praia de Stella Maris e ele nos fotografou*... Foi uma experiência incrível, mas o que veio depois foi melhor...

Vicente, é o nome dele e somos amigos até hoje, nos convidou para conhecer o seu laboratório fotográfico. Quando chegamos lá, conhecemos a Maria e a filhinha deles, Shaula, que na época tinha 8 meses, um bebê lindo!! Perguntei a Maria sobre o nome da bebê, ela me respondeu que era o nome de uma estrela da constelação de Escorpião... What? 

E aí a descoberta de que o Universo nos ouve! Ela me contou que era... tcham, tcham, tcham... ASTRÓLOGA! Eu tinha 16 anos. Conversamos um pouco e depois fui encontrar com minhas amigas no laboratório do Vic. A vida os levou para São Paulo e perdi o contato. Segui com meus estudos e leituras.

Um dia, uns 5-6 anos depois, estava trabalhando e, surpresa... o Vicente entra na minha sala e cumprimenta uma moça que estava aguardando uma pessoa. Foi aí que percebi que ela era a Maria, foi uma festa reencontrá-los. Soube que tinham acabado de voltar para a Bahia. Encomendei meu mapa. Ela foi na minha casa fazer a leitura... e me contou que iria abrir um curso de Astrologia, claro que fiz o curso, e fui além... quando o curso acabou, como ficamos muito amigas (somos comadres), ela continuou me orientando e comecei a atuar como Astróloga.

Foi assim que começou o próximo nível da minha “Jornada do Herói!”. Finalmente, iria estruturar o conhecimento das estrelas que começou no terraço da casa de meus avós... lá atrás!! Nunca mais parei de estudar, mesmo quando trabalhava em outras áreas.

Hoje, as perdas e tropeços, sucessos e mergulhos, continuo o meu caminho das estrelas, constelações, planetas, geometrias, frequências e vibrações! E a ‘Jornada’ continua.

Monica Brunini


*Vicente Sampaio é um excelente e conhecido fotógrafo profissional brasileiro 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Despertando

Para despertar precisa pensar, mas com os olhos bem abertos! Estude, pesquise, quebre paradigmas!

Aprendi a pesquisar muito cedo. Quando perguntava para minha mãe o significado de alguma palavra, ela me dizia para procurar no dicionário, mas às vezes me pegava na separação das palavras e nos vários sinônimos, aí ela dizia: “Então, filha, vamos ver a etimologia desta palavra...”, e explicava o que era e como localizar. Depois, tive um excelente professor de português que dividia as aulas ao longo da semana, e numa delas aprendíamos a usar os dicionários e enciclopédias... Sim, em papel.

Naquele tempo, a maioria das famílias tinham enciclopédias em casa! E quando não tinham, frequentavam as bibliotecas. Foi assim que, muito curiosa a respeito de muitos assuntos, aprendi a pesquisar. Claro, me tornei uma leitora contumaz. Uma criança leitora e uma adolescente amante dos livros! Mas isso é outro assunto, posso fazer um outro post sobre ele. Mais tarde, toda essa experiência se tornou fundamental para o meu despertar.

Penso que, aqueles que acham que nestes tempos de transição para a "Tal da Nova  Era"(ver post anterior) as pessoas ditas antenadas são uma curiosidade, ‘ovelhas negras’, conspiradores ou um bando de pirados, comendo comida sem gosto e que ficam esperando a chegada de discos voadores, estão muito enganados. Existe uma certa complexidade nessa transição que, dificilmente, estas pessoas conseguirão compreender. É preciso pensar, para isso é preciso estudar, pesquisar e, estar aberto para quebrar paradigmas, como escrevi no subtítulo. Isso é um ponto que aprendi com vários ‘mestres’, o verdadeiro despertar não é para todos; embora, pessoalmente, ache que sim, é possível para pessoas que, como você, está lendo esse texto.

Este momento de transição não se baseia em mestres, gurus, e nos ensinamentos de nenhum líder em especial, não. Mas num conjunto de conhecimentos, que em vários momentos na história, nos chegaram através de avatares. Fora o conhecimento adquirido através da nossa própria experiência e vivência nessa própria história.

Agora o movimento em direção à era de aquário é um impulso de expansão do pensamento, de avanço no despertar da consciência, uma outra perspectiva espiritual, possivelmente uma substituição de princípios que, muitas vezes, de forma inconsciente achamos ultrapassados, mas que, na realidade, são os que valem mais no universo. Um contato verdadeiro com a essência cósmica!

No que diz respeito à nossa vida experienciada aqui na Terra, é uma proposta de uma nova forma de viver aqui no planeta, de construção – ou reconstrução – de uma humanidade mais dedicada à inteligência com que fomos presenteados. Essa reconstrução tem raízes antigas e profundas na verdadeira história da humanidade, e pertence a todos nós. Então, é como o registro de uma nova estrela.  Você dá o nome e registra, o que a torna visível, uma luz que já estava ali, presente, mas que não é vista, porque ainda não sabemos para onde olhar!

Se estudarmos e pesquisarmos, rastrearmos mesmo, essa verdadeira história, e isso é bem possível, descobrimos que sempre existiram pessoas isoladas ou em pequenos grupos, às margens da sociedade, que acreditavam que um dia a humanidade conseguiria transcender a estreiteza da consciência dita normal, invertendo a brutalidade, o controle e a alienação da condição humana. Essas pessoas, em sua maioria, eram pessoas mais velhas que tinham recebido informações de outras pessoas mais velhas e que passavam esses conhecimentos para pessoas mais jovens, mais curiosas, e que enxergavam as condições de vida daqueles tempos, com mais clareza. E mesmo com todas as perseguições a estas pessoas, grande parte deste conhecimento chegou aos nossos dias. E estes serão fundamentais para os tempos que estão vindo.

Essa reestruturação, reconstrução ou remodelação, surge com uma mudança na forma de pensar, uma mudança na consciência e assim, quebram-se os paradigmas de condicionamento, controle e centros de credo que nos foram implantados, aos quais somos submetidos desde que nascemos e ao longo da vida, pela sociedade... ou melhor, pelos ditos ‘donos do mundo’.

Estes condicionamentos são o que nos prende ao que é “conhecido”, nos levando a hostilizar o desconhecido, por exemplo. Por isso as fugas, como as drogas, a bebida, os vallium e rivotril, e junto com isso, as mídias, TV, cinema, mídias sociais etc., negando a possibilidade de uma vida, encurtando-a e tornando-a mais dócil. Ou seja, ao invés de transformar, a pessoa rejeita qualquer coisa que a leve nessa direção. Ao negar nossas dores e contradições, nós não crescemos e isso acontece sempre a partir das pequenas negações pessoais. A grande alienação está em não resolvermos nossas próprias contradições.

Neurologistas afirmam que existe uma explicação para estas limitações evolutivas. Eu diria que não só a neurologia pode explicar, mas que a psiquiatria também. Continuando no resultado de minhas pesquisas. Eles, os neurologistas, afirmam, antes da década de 80, que o hemisfério esquerdo do cérebro mede, compartimenta, cronometra e arquiva; ele é o que cuida das capacidades verbais e operacionais. Já o hemisfério direito, mais emocional, é o lugar onde se encontram informações do sexo, da música; ele pensa, forma imagens, vê o todo e, também, transmite a dor com mais intensidade. Ambos os hemisférios precisam ser equilibrados, e não separados ou não ficar recebendo estímulos para um só dominar. Essa fragmentação nos custa a saúde e nossa capacidade de conhecimento profundo. Todos temos condição para que nosso cérebro se reintegre, para que o campo de visão se amplie até que alcance as formas de compreensão do pensamento.

Aprender é mais urgente que armazenar informação. A isso chamo de ‘experienciar o aprendido’, tornando-se conhecimento, ter atitude baseado no conhecimento. Tudo, até mesmo o resultado negativo, tem o potencial de nos ensinar e de aprofundar a nossa busca. Não há “inimigos”, somente pessoas úteis, ainda que irritantes, pessoas cuja posição chama atenção para pontos de atrito, e com um espelho de aumento! Verdadeiros marionetes do sistema.

Outro ponto que considero chave no caminho são os amigos. Eles são uma rede de apoio, sendo mais do que uma associação de pessoas, mas aqueles que nos oferecem feedback, uma oportunidade de mútua descoberta, compartilhamentos de experiências e peças do grande quebra-cabeças. Assim, a palavra ‘fraternidade’ ultrapassa as concepções anteriores. E é básico para isso que nossas ambições e couraças pessoais se  quebrem numa concepção renovada de vida.

A mudança é cíclica e profunda agora, é cósmica, e é preciso extrair a barbárie, as trevas, o irracionalismo e o egoísmo estúpido para trazer uma nova concepção de fraternidade que se abre para o ser humano como um todo, reconhecendo que habitamos o mesmo planeta, que a Terra ‘está’ nossa casa neste momento. Precisamos ir além, englobando as fronteiras que isolam a Terra do Universo e, também, as que separam a vida física da espiritual. 

A Luz é uma só!!!

Monica Brunini

Fonte: estudos e pesquisas pessoais

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

A Tal da 'Nova Era'

"Não é conversa de esotérico, 
é uma realidade que nós vivemos todos os dias."

Desde a minha adolescência, e até um pouco antes, escuto que estamos entrando na “Nova Era”. Na escola, naqueles dias, aprendíamos sobre o que eram as eras nas aulas de geografia, mas nada muito aprofundado; os professores se atinham às eras geológicas. Mas não era isso que eu ouvia em casa e nem como entendia.

Foi neste período que comecei a me interessar pela astrologia, até porque, desde menina que meu pai me mostrava as estrelas. Eu amava, quando íamos para o terraço da casa dos meus avós para olhar o céu, aqueles pontinhos brilhantes me encantavam!

Sim, eu fui uma adolescente na década de 70. Aquela foi uma época cheia de acontecimentos, sob um ponto de vista bastante interessante, de contestações do establishment, de contato com uma espiritualidade diferente, experiências transcendentais, músicas das ‘esferas’, e tudo o mais.

Bem, a vida seguiu e, contrariando todas as expectativas de me tornar uma bailarina, médica ou advogada, estou Astróloga. Ao contrário do que parece, é um caminho que não é fácil, o mergulho interno não só é necessário, como imprescindível. Sem dúvida é um mergulho no que se chama ‘A Jornada do Herói’.

Mas voltemos ao título, o que é essa “Tal de Nova Era”? A primeira pergunta é, o que é uma Era? Uma era, segundo o dicionário, é um ponto fixado, um período de tempo que serve de base a um sistema cronológico. Etimologicamente a palavra ‘era’ vem do latim = aero. Significa o estabelecimento de qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época – p.ex. Era Cristã.

Do ponto de vista Astrológico, quando nos aprofundamos neste estudo, aprendemos que somos regidos por 12 arquétipos e o conjunto destes arquétipos é chamado de Signos Zodiacais. Além destes arquétipos nos influenciarem, eles também influenciam nosso planetinha através de uma energia que rege o inconsciente coletivo da humanidade.

Cada uma dessas regências marca uma época influenciada pelo arquétipo correspondente, assim temos as ‘eras’ de Áries, Touro e todas as outras. Essa é uma teoria chamada de ‘Grande Ano de Platão’ e também de ‘Grande Ano Zodiacal’, baseada na precessão dos equinócios, que é um fenômeno astronômico, que foi descoberto por um astrônomo grego que viveu entre 190 e 120 AC, Hiparco de Nicéia.

Cada grande ano zodiacal tem aproximadamente 25.920 anos, e cada “mês”, que é chamado de ‘Era’, tem uma duração de cerca de 2.160 anos. Atualmente estamos vivendo o final da Era de Peixes, uma transição, ou seja, estamos saindo da Era de Peixes e entrando na Era de Aquário, por isso é chamado de "Nova Era". Mesmo que estejamos sentindo os ares de Aquário, efetivamente ainda não chegamos lá, faltam alguns muitos anos. Portanto, os ciclos que dizem respeito às Eras não tem a ver com aspectos astrológicos, e sim com o ponto vernal, isto é, o Eixo da Terra está apontando para Peixes e não para Aquário.

Quando olhamos para a verdadeira história, percebemos que uma mudança de ‘era’ é muito lenta e dolorosa, e alguns dos sinais dessas mudanças parecem se repetir de uma forma muito semelhante. Se fizermos comparações, as coisas ficam mais claras, entre o momento que estamos vivendo e as cenas da queda do Império Romano, por exemplo, que se deu em 476 DC quando saímos da ‘era’ de Áries e entramos na ‘era’ de Peixes.

Numa mudança de ‘era’, as soluções para problemas cotidianos parecem cada vez mais difíceis. Ao mesmo tempo há uma busca de um novo sentido existencial, quiçá espiritual, entre as pessoas, aquelas que estavam discretas e deslocadas dos grandes conflitos políticos e ideológicos. Parece que o inconsciente coletivo está esperando uma nova estrela de Belém.

Entre as grandes massas, que não estão envolvidas diretamente em conflitos, temos a nítida sensação de que nenhum ser humano tem condições de solucionar o grande caos em que o mundo se encontra. Por isso muitas pessoas ficam esperando uma resposta de fora, achando que aqui não há mais esperança. Será?

As grandes Eras obedecem a um ritmo cósmico do planeta, e isso já era conhecido pelos Babilônicos há 6 mil anos. Explicando mais um pouco, o eixo terrestre está inclinado em relação ao Sol, e, conforme o planeta gira ao redor do Sol, o eixo polar também gira, vagarosamente. É um movimento muito lento que dura em torno de 25.900 anos, este é o Grande Ano Astrológico, que também está sujeito à influência cíclica dos 12 signos, um a cada 2.160 anos aproximadamente. Estes são determinados pelo que denominamos de equinócio da primavera, isto é, a constelação está atrás do Sol no hemisfério norte (aqui no hemisfério sul, equinócio de outono), no dia 21 de março. Aqui, temos uma diferença importante, a sucessão de signos no Grande Ano acontece na ordem inversa à que conhecemos. Assim, Aquário está chegando depois de Peixes, que veio depois de Áries, e assim por diante.

É bastante difícil determinar quantos Grandes Anos a Terra já viveu, é melhor determinar a sequência pela história da civilização humana, que ainda não completou seu primeiro grande aniversário. Não entrarei nesse assunto, mas qualquer pessoa com conhecimentos básicos de astrologia poderá identificar as características de cada era com os elementos-chave de cada signo. É tudo muito óbvio, e não existem coincidências, não é?!

Então, vimos que uma ‘era’ é caracterizada por um signo, mas esse signo nunca está sozinho, ele faz parte de um eixo que o une ao seu oposto. O valor dominante de uma ‘era’ é a sua polaridade positivo, ou masculina, ou yang, ou como queira denominar. O signo que está no oposto é a polaridade negativa, ou feminina, ou yin. Seguindo o raciocínio, os valores onde atuamos conscientemente são a polaridade positiva e os valores onde atuamos inconscientemente, de sentimento, da anima – diz Carl Jung, estão ligadas ao polo negativo.

Polos positivos ou negativos não são bons ou ruins em si, mas, se não existir equilíbrio entre eles, ou seja, se não existir um equilíbrio consciente entre os dois, e o positivo não quiser enxergar a sua ‘sombra’, um dia essa ‘sombra’ poderá se rebelar e dominar a luz.

Na Era de Peixes os valores negativos são ligados à Virgem no outro lado do eixo. Observe que os traços mais lamentáveis do signo de Virgem giram em torno do materialismo, da tecnocracia, da burocracia, do falso moralismo ... – o que sobrepujou os ideais Piscianos de caridade e desprendimento, sonhos e imaginação criativa.

Obviamente, a Tal da Era de Aquário não escapa desse jogo de polaridade. Leão é o oposto de Aquário, a afirmação da individualidade que, se tratada de forma saudável e aberta, servirá para reforçar os valores positivos de Aquário, que são o humanismo inteligente, a tecnologia voltada para o desenvolvimento da humanidade, o despertar da consciência cósmica, uma espiritualidade verdadeiramente avançada.

Do contrário, se o polo negativo de Leão se transformar numa sombra, correremos o risco, o perigo mesmo de nos transformarmos numa sociedade TOTALITARIA, que cultua o poder pelo poder e o individualismo acima de tudo, uma verdadeira sociedade CONTROLADA.

Aquário é um signo regido pelo elemento AR. Não é mais o Pai Sol, ou a Mãe Água ou mesmo, Gaia a Terra. Aquário é o AR do voo, da aventura e da LIBERDADE. É o elemento da ligeireza, da leveza, da elevação e liberação que nos desembaraça de todos os entraves e grilhões, de todas as opressões. É a época do homem despojado, liberto e libertador, é a ERA do Ser Humano LIVRE.

Então, ainda faltam muitos anos para entrarmos na 'Tal da Nova Era' ou Era de Aquário. O que posso dizer, é que sabendo disso tudo poderemos nos preparar, mas precisamos despertar... Faça-o.

DESPERTE, ACORDAR É MUITO POUCO!!!!

Monica Brunini
Fonte: estudos e pesquisas pessoais - revisado em 20/12/2020