quarta-feira, 11 de novembro de 2020

A Tal da 'Nova Era'

"Não é conversa de esotérico, 
é uma realidade que nós vivemos todos os dias."

Desde a minha adolescência, e até um pouco antes, escuto que estamos entrando na “Nova Era”. Na escola, naqueles dias, aprendíamos sobre o que eram as eras nas aulas de geografia, mas nada muito aprofundado; os professores se atinham às eras geológicas. Mas não era isso que eu ouvia em casa e nem como entendia.

Foi neste período que comecei a me interessar pela astrologia, até porque, desde menina que meu pai me mostrava as estrelas. Eu amava, quando íamos para o terraço da casa dos meus avós para olhar o céu, aqueles pontinhos brilhantes me encantavam!

Sim, eu fui uma adolescente na década de 70. Aquela foi uma época cheia de acontecimentos, sob um ponto de vista bastante interessante, de contestações do establishment, de contato com uma espiritualidade diferente, experiências transcendentais, músicas das ‘esferas’, e tudo o mais.

Bem, a vida seguiu e, contrariando todas as expectativas de me tornar uma bailarina, médica ou advogada, estou Astróloga. Ao contrário do que parece, é um caminho que não é fácil, o mergulho interno não só é necessário, como imprescindível. Sem dúvida é um mergulho no que se chama ‘A Jornada do Herói’.

Mas voltemos ao título, o que é essa “Tal de Nova Era”? A primeira pergunta é, o que é uma Era? Uma era, segundo o dicionário, é um ponto fixado, um período de tempo que serve de base a um sistema cronológico. Etimologicamente a palavra ‘era’ vem do latim = aero. Significa o estabelecimento de qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época – p.ex. Era Cristã.

Do ponto de vista Astrológico, quando nos aprofundamos neste estudo, aprendemos que somos regidos por 12 arquétipos e o conjunto destes arquétipos é chamado de Signos Zodiacais. Além destes arquétipos nos influenciarem, eles também influenciam nosso planetinha através de uma energia que rege o inconsciente coletivo da humanidade.

Cada uma dessas regências marca uma época influenciada pelo arquétipo correspondente, assim temos as ‘eras’ de Áries, Touro e todas as outras. Essa é uma teoria chamada de ‘Grande Ano de Platão’ e também de ‘Grande Ano Zodiacal’, baseada na precessão dos equinócios, que é um fenômeno astronômico, que foi descoberto por um astrônomo grego que viveu entre 190 e 120 AC, Hiparco de Nicéia.

Cada grande ano zodiacal tem aproximadamente 25.920 anos, e cada “mês”, que é chamado de ‘Era’, tem uma duração de cerca de 2.160 anos. Atualmente estamos vivendo o final da Era de Peixes, uma transição, ou seja, estamos saindo da Era de Peixes e entrando na Era de Aquário, por isso é chamado de "Nova Era". Mesmo que estejamos sentindo os ares de Aquário, efetivamente ainda não chegamos lá, faltam alguns muitos anos. Portanto, os ciclos que dizem respeito às Eras não tem a ver com aspectos astrológicos, e sim com o ponto vernal, isto é, o Eixo da Terra está apontando para Peixes e não para Aquário.

Quando olhamos para a verdadeira história, percebemos que uma mudança de ‘era’ é muito lenta e dolorosa, e alguns dos sinais dessas mudanças parecem se repetir de uma forma muito semelhante. Se fizermos comparações, as coisas ficam mais claras, entre o momento que estamos vivendo e as cenas da queda do Império Romano, por exemplo, que se deu em 476 DC quando saímos da ‘era’ de Áries e entramos na ‘era’ de Peixes.

Numa mudança de ‘era’, as soluções para problemas cotidianos parecem cada vez mais difíceis. Ao mesmo tempo há uma busca de um novo sentido existencial, quiçá espiritual, entre as pessoas, aquelas que estavam discretas e deslocadas dos grandes conflitos políticos e ideológicos. Parece que o inconsciente coletivo está esperando uma nova estrela de Belém.

Entre as grandes massas, que não estão envolvidas diretamente em conflitos, temos a nítida sensação de que nenhum ser humano tem condições de solucionar o grande caos em que o mundo se encontra. Por isso muitas pessoas ficam esperando uma resposta de fora, achando que aqui não há mais esperança. Será?

As grandes Eras obedecem a um ritmo cósmico do planeta, e isso já era conhecido pelos Babilônicos há 6 mil anos. Explicando mais um pouco, o eixo terrestre está inclinado em relação ao Sol, e, conforme o planeta gira ao redor do Sol, o eixo polar também gira, vagarosamente. É um movimento muito lento que dura em torno de 25.900 anos, este é o Grande Ano Astrológico, que também está sujeito à influência cíclica dos 12 signos, um a cada 2.160 anos aproximadamente. Estes são determinados pelo que denominamos de equinócio da primavera, isto é, a constelação está atrás do Sol no hemisfério norte (aqui no hemisfério sul, equinócio de outono), no dia 21 de março. Aqui, temos uma diferença importante, a sucessão de signos no Grande Ano acontece na ordem inversa à que conhecemos. Assim, Aquário está chegando depois de Peixes, que veio depois de Áries, e assim por diante.

É bastante difícil determinar quantos Grandes Anos a Terra já viveu, é melhor determinar a sequência pela história da civilização humana, que ainda não completou seu primeiro grande aniversário. Não entrarei nesse assunto, mas qualquer pessoa com conhecimentos básicos de astrologia poderá identificar as características de cada era com os elementos-chave de cada signo. É tudo muito óbvio, e não existem coincidências, não é?!

Então, vimos que uma ‘era’ é caracterizada por um signo, mas esse signo nunca está sozinho, ele faz parte de um eixo que o une ao seu oposto. O valor dominante de uma ‘era’ é a sua polaridade positivo, ou masculina, ou yang, ou como queira denominar. O signo que está no oposto é a polaridade negativa, ou feminina, ou yin. Seguindo o raciocínio, os valores onde atuamos conscientemente são a polaridade positiva e os valores onde atuamos inconscientemente, de sentimento, da anima – diz Carl Jung, estão ligadas ao polo negativo.

Polos positivos ou negativos não são bons ou ruins em si, mas, se não existir equilíbrio entre eles, ou seja, se não existir um equilíbrio consciente entre os dois, e o positivo não quiser enxergar a sua ‘sombra’, um dia essa ‘sombra’ poderá se rebelar e dominar a luz.

Na Era de Peixes os valores negativos são ligados à Virgem no outro lado do eixo. Observe que os traços mais lamentáveis do signo de Virgem giram em torno do materialismo, da tecnocracia, da burocracia, do falso moralismo ... – o que sobrepujou os ideais Piscianos de caridade e desprendimento, sonhos e imaginação criativa.

Obviamente, a Tal da Era de Aquário não escapa desse jogo de polaridade. Leão é o oposto de Aquário, a afirmação da individualidade que, se tratada de forma saudável e aberta, servirá para reforçar os valores positivos de Aquário, que são o humanismo inteligente, a tecnologia voltada para o desenvolvimento da humanidade, o despertar da consciência cósmica, uma espiritualidade verdadeiramente avançada.

Do contrário, se o polo negativo de Leão se transformar numa sombra, correremos o risco, o perigo mesmo de nos transformarmos numa sociedade TOTALITARIA, que cultua o poder pelo poder e o individualismo acima de tudo, uma verdadeira sociedade CONTROLADA.

Aquário é um signo regido pelo elemento AR. Não é mais o Pai Sol, ou a Mãe Água ou mesmo, Gaia a Terra. Aquário é o AR do voo, da aventura e da LIBERDADE. É o elemento da ligeireza, da leveza, da elevação e liberação que nos desembaraça de todos os entraves e grilhões, de todas as opressões. É a época do homem despojado, liberto e libertador, é a ERA do Ser Humano LIVRE.

Então, ainda faltam muitos anos para entrarmos na 'Tal da Nova Era' ou Era de Aquário. O que posso dizer, é que sabendo disso tudo poderemos nos preparar, mas precisamos despertar... Faça-o.

DESPERTE, ACORDAR É MUITO POUCO!!!!

Monica Brunini
Fonte: estudos e pesquisas pessoais - revisado em 20/12/2020

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